sexta-feira, 21 de julho de 2017

A BABILÔNIA DO APOCALÍPSE.

1)APOCALIPSE 1: 19: "γραψον α ειδες και α εισιν και α μελλειγινεσθαι μετα ταυτα".
(Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir).
(BÍBLIA GREGATEXTUS RECEPTUS, E NVI).

2)APOCALIPSE 17: 1: "και ηλθενειςεκτων επτα αγγελωντωνεχοντων τας επτα φιαλας και ελαλησεν μετεμουλεγωνμοιδευροδειξωσοιτοκριμα της πορνηςτηςμεγαλης της καθημενης επι τωνυδατων των πολλων
2: μεθης επορνευσαν οι βασιλειςτηςγης και εμεθυσθησαν εκτουοινουτης πορνειας αυτηςοι κατοικουντεςτηνγην
18: και η γυνηηνειδεςεστιν η πολις η μεγαλη η εχουσα βασιλειαν επι των βασιλεωντηςγης"
1:(Um dos sete anjos que tinham as sete taças aproximou-se e me disse: "Venha, eu lhe mostrarei o julgamento da grande prostituta que está sentada sobre muitas águas,
2:com quem os reis da terra se prostituíram; os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição.
18:A mulher que você viu é a grande cidade que reina sobre os reis da terra).
(BÍBLIA GREGATEXTUS RECEPTUS, E NVI).

3)A interpretação de que a Igreja Católica é a grande prostituta, a Babilônia do Apocalipse, pode ser um grande equívoco, ou hipocrisia como vemos muitos outros equívocos e hipocrisias. Exemplo, as muitas interpretações mesmo no Apocalipse, como também comparando com as profecias do livro de Daniel.
Uma delas é a interpretação dos evangélicos "AMILENISTAS", de que os mil anos com satanás amarrado já está acontecendo; e que não é literal. Enquanto os evangélicos "MILENISTAS", interpretam que os mil anos com satanás amarrado ainda não chegou; e que é literal. (APOCALIPSE 20: 1, 2). E assim são muitas interpretações diferentes entre eles, e muitas são equívocos, porque a realidade é uma só; ou todas as interpretações sobre um mesmo tema pode ser equívocos.

4)Como também existe uma igreja evangélica que interpreta que a prostituta, Babilônia, é a Igreja Católica inclusas todas as igrejas protestantes, evangélicas, que ensinam que Deus é um ser com três pessoas, e batizam em nome dessas três pessoas.

5)Como também existe uma igreja que interpreta que a Babilônia é a Igreja Católica, inclusas todas as igrejas protestantes, que não guardam o sábado.

6)Como também existe uma igreja que interpreta que a Babilônia é a Igreja Católica, inclusas todas as igrejas que creêm em milagres, manifestação do Espírito Santo, e não têm o objetivo principal, ensinar que o nome de Deus é Jeová, e que Jesus não é Deus.

7)Como também existe uma igreja que interpreta que é a Igreja Católica e todas as igrejas protestantes que batizam em nome de Jesus, que batizam em piscina, em tanque, que batizam por aspersão ou efusão, que batizam inocentes, (crianças), e que batizam casais  amigados. E que não proíbem joia, bijuteria, maquiagem, estética do corpo e rosto..., e pintura de cabelo. E que não proíbem a televisão, porque a mesma é a imagem da besta do apocalipse. Etc.
E muitas outras igrejas que têm essa interpretação.

8)Está tão claro, que existem muitos equívocos, e hipocrisias, que todas elas têm essa interpretação, e cada um defendendo a sua igreja como a única certa. E algumas, ou muitas, fazendo uma interpretação das sete Igrejas do apocalipse e citando sua igreja como a sétima, (Igreja de Laodicéia).

9)Já os teólogos católicos não só os católicos, mas também os teólogos presbiterianos e talvez de outras igrejas têm a explicação com relação a grande prostituta, Babilônia, entendendo que se refere ao Império Romano, que na época dominava muitas nações, exercia dois poderes, o poder político e o poder religioso; e que estava matando os cristãos.

10)Agora eu “Ailton” vou mostrar o que eu vejo que pode estar incluso na grande Babilônia se não for apenas o Império Romano.
Eu vejo que pode ser o cristianismo falso em geral, que começou desde o Império Romano, que nega a realidade da palavra de Deus e a desobedece, seja na Instituição Católica e em todas as outras; e não uma instituição religiosa.
- E o que são as PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA? (APOCALIPSE 17: 5).
- O pecado em geral. (MATEUS 7: 13, 14, 15, 21, 22, 23. 2 PEDRO 2: 1, 2, 3).
- E o que significa SAI DELA POVO MEU, PARA QUE NÃO SEJAS PARTICIPANTE DOS SEUS PECADOS E PARA E PARA QUE NÃO INCORRAS NAS SUAS PRAGAS? Capítulo 18: 4.
- Se afaste dos falsos (as), para que esteja afastado do erro, e ainda que algum de vocês não participe dos erros deles, por exemplo, alguém da família pode participar e ser condenado (a).
- E o que significa os adornos da mulher? (Cap. 17: 4).
- A MORDOMIA do falso cristianismo, que por avareza faz das pessoas negócio com palavras fingidas. (2 PEDRO 2: 2, 3).
- E o que significa: com a qual se prostituíram os reis da terra, e os que habitam na terra? (Cap. 17: 2).
- Sem dúvida vemos que o falso cristianismo geralmente recebe mais apoio, por interesses, por barganhas.

11)Aí você afirma:
- Mas além do Império Romano a Igreja Católica também matou muitas pessoas.
- Sim. Não a Igreja Católica, mas certas pessoas da mesma as mataram. Como também os reformadores mataram muitas pessoas. Mas hoje na referida Igreja, eu já ouvir Líderes pedir perdão pelos crimes dos outros, dos quais nem conheceram.
Portanto, eu não vejo que se refere a uma denominação cristã até porque em todas existe o erro, a falta de sinceridade com Deus, a falta de amor, falta de obediência.

12)VEJA SOBRE A INQUISIÇÃO PROTESTANTE, EVANGÉLICA.
A Inquisição católica não foi o único caso de intolerância movida em nome de Deus. Embora não houvesse a institucionalização de tribunais similares aos do Santo Ofício, também foram usadas estratégias de controle da fé nos locais em que o protestantismo era dominante, levando à perseguição por crimes como adultério, discordância dos dogmas protestantes e bruxaria.

13)Na Alemanha, o líder protestante Martinho Lutero (1483-1546) exigiu perseguições aos anabatistas, grupo cristão mais radical da Reforma, porque, entre outras questões, eles não aceitavam as regras da Igreja Evangélica e divergiam sobre o batismo. A decisão causou a expulsão, o encarceramento, a tortura e a execução de milhares de pessoas. Lutero também divulgou textos com críticas aos judeus – embora sem maiores repercussões na época, estes escritos acabariam utilizados pela Alemanha nazista, em pleno século XX.

14)Polícia da fé.
O teólogo e reformador João Calvino, o 'papa de Genebra', promoveu até espionagens e visitas às residências para vigiar a fé dos fieis.
Em Genebra, um dos berços da Reforma Protestante e onde ela se mostrou bastante radical, funcionou uma verdadeira “polícia da fé”. João Calvino (1509-1564), devido à sua autoridade sobre os protestantes suíços, era conhecido como o “papa de Genebra”. Ao organizar a Igreja Presbiteriana, instaurou comissões compostas de religiosos e leigos: a Venerável Companhia, responsável pelo magistério, e o Consistério, que zelava pela disciplina religiosa. Para isso, promovia confissões, denúncias, espionagens e visitas às residências, levando muitos à prisão, à tortura, ao julgamento e, em alguns casos, à morte.
A população era proibida de cultivar certos hábitos, como jogar, dançar e representar. Alguns pensadores foram perseguidos, como o médico e humanista espanhol Miguel ServetGriza. Ele foi preso, condenado e queimado em efígie – representado por um boneco. Fugiu em direção à Itália, mas acabou preso em Genebra, onde foi processado pelo Conselho presidido por Calvino e queimado por causa de proposições vistas como antibíblicas e heréticas, entre outras culpas.
Na Inglaterra, uma verdadeira caça às bruxas levou à morte centenas de mulheres acusadas de feitiçaria. A experiência persecutória inglesa foi ainda “exportada” para as colônias na América do Norte, como no famoso episódio das “bruxas de Salem”, ocorrido em Massachusetts, em fins do século XVII, em que várias adolescentes foram mortas, acusadas de promover reuniões em torno de uma fogueira nas quais, supostamente, invocavam espíritos.

15)Os reformadores, que os protestantes, evangélicos, consideram direcionados, iluminados, por Deus para fazer a reforma também se embriagaram com sangue dos santos.

16)VEJA A EXPLICAÇÃO DOS TEÓLOGOS CATÓLICOS, PRESBITERIANOS... SOBRE A BABILÔNIA DO APOCALIPSE.

- Muitos Protestantes, insistem em afirmar que a igreja católica é a Babilônia, prostituta, do apocalipse.
Porém, veja o que significa "A Grande Babilônia".
"A grande Babilônia" (APOCALIPSE 17: 5), é a grande cidade do desterro de Israel, nos tempos do rei Nabucodonosor. Simboliza o poder pagão e a tribulação do Povo de Deus.

17)Roma?
Quando São João redigiu o Apocalipse, Roma era o poder pagão que oprimia o povo de Deus. Este povo é a Igreja, que já se encontrava presente tanto na cidade de Roma quanto em muitas outras cidades do Império. Roma era uma cidade impressionante por causa de suas riquezas e desregramentos: "A mulher estava vestida de púrpura e escarlate, resplandecente de ouro, pedras preciosas e pérolas; trazia em sua mão uma taça de ouro cheia de abominações e também das impurezas de sua prostituição" (v. 4).
Seguindo esta hipótese, Roma seria a prostituta porque "com ela fornicaram os reis da terra" (v. 2). Estes reis, como Herodes, se prostituíam com ela para obter poder sobre alguma província do Império. Outras referências também se aplicam à Roma: "se assenta sobre grandes águas" (v. 1), alusão ao seu domínio sobre o mar Mediterrâneo, considerado o principal mar do mundo. As sete cabeças da besta são "sete colinas" (v. 9); Roma está assentada sobre sete colinas: Palatino, Capitolino, Quirinal, Viminal, Esquilino, Celio e Aventino.

18)Jerusalém?
São João não especifica qual é a "Grande Cidade". Poderia também se referir à Jerusalém, já que enquanto no Ocidente "a cidade das sete colinas" se referia à Roma, na cultura oriental a que pertence São João, Jerusalém era conhecida como "a cidade das sete colinas". Estas colinas são: (1) "Escopus", (2) "Nob", (3) "o Monte da Corrupção" ou "o Monte da Ofensa" ou "o Monte da Destruição" (2Reis 23,13), (4) O original "monte Sião", (5) A colina sudoeste também chamada "Monte Sião", (6) o "Monte Ofel" e (7) "A Rocha", onde foi construída a fortaleza "Antonia". O número sete significa perfeição. Nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse lemos sobre as sete pragas, as sete taças, os sete anjos...
Em Apocalipse, também se referem à Jerusalém como a Grande Cidade de forma condenatória:
"E seus cadáveres, na praça da Grande Cidade, que simbolicamente se chama Sodoma ou Egito, ali também onde o seu Senhor foi crucificado". (APOCALIPSE 11: 8).
A cidade onde "também o seu Senhor foi crucificado" não pode ser outra senão Jerusalém. Também em Jerusalém a perseguição da Igreja ocorria sob a autoridade de Roma. Ali a prostituta cometeu as maiores abominações: a crucificação do Redentor, a destruição do Templo.
São João não especificou qual era a cidade, talvez porque na verdade a mensagem se aplica às duas cidades e pode também se aplicar a outras, (17: 5). O mundo luta contra a Igreja. Esta sofre, mas prevalecerá. Seus mártires e santos são os seus frutos.

19)A Igreja de Roma é a prostituta ou Grande Babilônia?
Os títulos de prostituta e Grande Babilônia, longe de se referirem à Igreja, identificam os inimigos desta. A Igreja está em oposição à prostituta e sofre o martírio em suas mãos. O Apocalipse honra a Igreja por sua fidelidade ao Senhor até derramar o seu sangue nesta luta.
"E vi que a mulher se embriagava com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. E me assombrei profundamente ao vê-la". (APOCALIPSE 17: 6).
Existe um paralelo com a antiga Babilônia, onde os judeus Sadraque, Mesaque, Abednego e Daniel se mantiveram fiéis diante da ameaça do martírio. Agora é a Igreja que sofre em seus mártires.
São João escreveu em torno do ano 95 dC, quando Domiciano perseguia ferozmente a Igreja. No Apocalipse, ele apresenta a prostituta assassina que luta contra a Igreja fiel que, padece com a perseguição. Trata-se de uma oposição entre o mal (a prostituta) e o bem (a Igreja fiel). A "Grande Babilônia" nos recorda o sofrimento de Israel no Antigo Testamento. Nós encontramos, então, diante de um paralelo entre Israel (vítima do poder da Babilônia) e a Igreja (vítima do poder de Roma).
Porém, há também diferenças. Enquanto Israel, depois da opressão na Babilônia, pode regressar a Jereusalém; a Igreja, com o poder de Jesus Cristo, está destinada a prevalecer sobre Roma (Babilônia) e a partir deste lugar propagará o Evangelho pelo mundo inteiro. A Igreja tem sua sede em Roma, porém é "católica", universal.
É certo que em Roma (que representa o mundo) não cessou o pecado. Está, todavia, se travando a luta entre a prostituta e a Igreja. É certo também que o pecado do mundo contamina inclusive os membros da Igreja. Não estamos, todavia, na Nova Jerusalém (o céu). Jesus advertiu que o joio cresceria com o trigo e não seria arrancado até o fim do mundo.
Na visão bíblica, os fiéis vivem uma aliança de amor com Deus, um matrimônio místico. A infidelidade a Deus é, portanto, um ato de prostituição, de prostituta. O Apocalipse é uma advertência aos cristãos, para que não caiam nessa infidelidade. Desde o princípio há santos na Igreja, porém há também aqueles que passaram para o lado da prostituta, agindo com infidelidade. No meio desta luta, a Igreja continua propagando o Reino de Deus e os que abrem o seu coração recebem a graça. O Apocalipse apresenta os santos e os mártires como testemunhas e frutos da Igreja, que dá vida nova. Em todos os séculos, a Igreja tem dado este fruto de santidade e assim continuará até a segunda vinda do Senhor.
Esta mensagem corresponde ao Evangelho. Os cristãos são chamados à santidade, a ser o sal da terra, a luz do mundo. A Igreja é como o grão de mostarda: pequeno, mas que cresce e é capaz de prevalecer. Assim, a Igreja prevalecerá sobre o Império até atingir os confins da terra.
É indiscutível que quando São João escreveu o Apocalipse, a Igreja já se achava estabelecida em Roma.
1. São Pedro, cabeça visível da Igreja, havia escrito:
"Vos saúda a que está na Babilônia, eleita como vós, assim como meu filho Marcos". (1 PEDRO 5: 13).
Quem está na Babilônia e saúda? A Igreja de Roma. É de se notar também que nesta citação da Bíblia São Pedro chama Marcos de "meu filho", fazendo referência à paternidade espiritual de Pedro.
2. São Paulo também já tinha escrito a sua Carta aos Romanos.
3. A Igreja de Roma já havia sido coroada com o martírio de São Pedro e São Paulo. Também em Roma já tinham morrido os primeiros sucessores de Pedro (isto é: os papas Lino, 67-76 e Cleto, 76-88).
Por outro lado, o Vaticano, sede da Igreja Católica, não ocupa nenhuma das sete colinas de Roma (v. 9), já que se encontra ao ocidente do rio Tibre, enquanto que a antiga Roma, com suas colinas, encontra-se na parte oriental do rio.
Aqueles que interpretam que a prostituta é a Igreja Católica não possuem o menor fundamento bíblico. Caem na interpretação de Lutero (séc. XVI). Mas é interessante observar que o próprio Lutero rejeitava o livro do Apocalipse.
Como vimos que seria absurdo interpretar o Apocalipse para condenar a Igreja de sua época como prostituta, seria igualmente absurdo interpretar uma condenação contra a Igreja nos séculos seguintes, já que se trata da mesma Igreja e da mesma luta. No entanto, o texto continua sendo um valioso ensino para nos animar a manter a fidelidade à Igreja em meio aos ataques que não cessam.
Diante dos ataques contra aqueles que se mantêm fiéis à Igreja fundada por Cristo e diante dos abusos de interpretação dos textos bíblicos, é importante notar o que esse mesmo capítulo nos exorta:
"Aqui é necessário ter inteligência, ter sabedoria". (APOCALIPSE 17: 9).
O número da besta 666.
Nós vemos surgir, muitas perguntas sobre o 666 do Apocalipse de São João. O que ele significa? Os católicos não podem se deixar levar pelas superstições que se originaram sobre esse número. Para não ser enganado é preciso saber o que os números representavam para os antigos judeus. Por exemplo, os 144 mil eleitos, APOCALIPSE 14: 4: é o povo cristão, que não aderiu ao culto imperial, permanecendo fiel a Cristo. Não se prostituiu com as mulheres prostitutas (Roma, Jerusalém...). 144.000 = 12 x 12 x 1000. O número 12 era símbolo da perfeição e é citado 187 vezes na Bíblia. O número 1000 representava a glória de Deus.
O simbolismo do 666 é claramente interpretado pela Igreja. A mentalidade judia afirmava que o número 7 significava a perfeição e o contato com Deus, e o que estava abaixo era imperfeito, de modo que o número 6 era sinal de imperfeição, erro. Temos por exemplo os 7 Sacramentos, os 7 dons do Espírito Santo, as 7 dores da Virgem Maria e de São José, etc; é um número símbolo de perfeição. O número 6 repetido quer dizer “perfeição da maldade” e o autor do Apocalipse identifica a besta com o 666, fala desta como de vários personagens ou de alguém que perseguia os cristãos dessa época.
Voltando a afirmar que, o Apocalipse foi escrito no final do séc. I (95 d.C), em grego, e tinha como destinatário as comunidades cristãs da Ásia Menor, APOCALIPSE 1: 4; 2: 1- 3 e 22, que falavam o grego. Nessa época, esta região estava sob o domínio do Império Romano e o Cristianismo era duramente perseguido pelos terríveis imperadores. Os imperadores se consideravam uns deuses e exigiam que todos os seus súditos os adorassem, o que os cristãos jamais aceitaram. Estavam na época da perseguição terrível do Imperador Domiciano.
São João, assim, escreve o Apocalipse, divinamente inspirado, e proclama que, no final, o Cristianismo sairá vencedor. Querendo dizer quem era a Besta, sem poder falar claramente para não ser acusado de crime de “lesa majestade” (estava desterrado na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus. (APOCALIPSE 1: 9). De maneira que o apóstolo fez uso da gematria, que consistia em atribuir um número formado pela soma das letras de certo alfabeto para expressar uma verdade conhecida pelos leitores.
Exemplos:
Os povos antigos não usavam o sistema arábico (o nosso) para expressar os números, mas sim, as próprias letras do alfabeto. Os romanos usavam apenas 7 letras. Também os judeus e os gregos atribuíam números às letras de seus respectivos alfabetos, mas de forma muito mais ampla que os romanos, já que toda letra (grega ou hebraica) possuía um certo valor.
Alfabeto Grego: Alfa = 1; Beta = 2; Gama = 3; Delta = 4; Epsilon = 5; Stigma = 6 (antiga letra grega que depois de certo tempo deixou de ser usada); Zeta = 7; Eta = 8; Teta = 9; Iota = 10; Kapa = 20; Lamba = 30; Mu = 40; Nu = 50; Xi = 60; Omicron = 70; Pi = 80; Ro = 100; Sigma = 200; Tau = 300; Upsilon = 400; Phi = 500; Chi = 600; Psi = 700 e Omega = 800.
Alfabeto Hebraico: Alef = 1; Bet = 2; Guimel = 3; Dalet = 4; He = 5; Vav = 6; Zayin = 7; Chet = 8; Tet = 9; Yod = 10; Kaf = 20; Lamed = 30; Mem = 40; Num = 50; Sameq = 60; Ayin = 70; Pe = 80; Tsadi = 90; Qof = 100; Resh = 200; Shin = 300; Tau = 400.
São João era de origem hebraica e escreveu o Apocalipse em grego. Se fizermos a gematria da expressão grega "NVRN RSQ"- QESAR NERON (César Nero), usando o alfabeto hebraico, totalizaremos a soma de 666.
Veja: N(50)V(6)R(200)N(50)R(200)S(60)Q(100)=666.
Interpretação plausível, proposta pela primeira vez entre 1830 e 1840 por Fritzsche, Bénary, Hitzig, tem aliciado grande número de exegetas. Oferece, entre outras vantagens, a de explicar O número 666. A explicação de S. Ireneu (séc. II) como dos melhores códices, teríamos, pois, 666 em APOCALIPSE 13: 18, uma alusão ao famoso Imperador Nero.
Verdade é que este soberano já morrera quando São João escrevia o Apocalipse; o Apóstolo, porém, tomava-o como personificação do poder imperial hostil aos cristãos, pois Nero fora o iniciador das perseguições e ficava marcado, na reminiscência dos pósteros, como o tipo do perseguidor cruel, ou como a figura do Anticristo.
"QESAR NERON" supõe uma ginástica mental assaz forçada: trata-se de nome grego que se pressupõe escrito em caracteres hebraicos, num livro destinado a leitores que pouco deviam conhecer o hebraico. A esta dificuldade replica-se que São João bem pode ter chamado a atenção dos seus leitores para este artifício, não chegou a escrever tal advertência para não se expor a alguma represália da parte dos pagãos; mas por via oral instruiu a respeito do tema os cristãos que levaram o Apocalipse de Patmos para a Ásia Menor. Será preciso também tomar em conta que havia bom número de judeus nas cidades da Ásia Menor às quais se dirigia o Apóstolo. — A hipótese se torna ainda mais provável caso se tenha em vista que, quando os gregos em seus papiros gregos, queriam aludir a pessoa ou coisa misteriosa, recorriam não raro a vocábulos hebraicos ou semíticos.
À luz do que foi dito, vê-se que qualquer sentença que procure na língua latina ou entre personagens posteriores ao séc. I a interpretação do número, está fora de propósito; São João teria frustrado seu desígnio de esclarecer e acautelar os leitores gregos e judeus da Ásia Menor aos quais ele escrevia.
Várias, porém, são as tentativas de solução que incorrem em tais incongruências. Eis alguns dos nomes para os quais apontam: o Imperador Juliano o Apóstata (+363), o invasor huno Átila (séc. V), Maomé (+632), Inácio de Loiola (+1556), Lutero (+1546), o rei Luís XIV de França (+1715), o imperador Napoleão (+1821), Adolfo Hitler, etc. —Já também quem diga que o Papa traz na tiara o título latino de VICARIUSS FILII DEI e que esta expressão perfaz a soma de 666. O mesmo total obtido por outro titulo que dizem ser característico do Sumo Pontífice: LATINUS REX SACERDOS. Na verdade, a tiara do pontífice não trazia inscrição alguma. Quanto ao título que se costuma atribuir ao Papa, é o de VICARIUS CHRISTI.
Não será necessário perder tempo em demonstrar que todas estas explicações carecem de fundamento no texto sagrado; são produtos arbitrários da fantasia. Tão longe têm ido os autores movidos por preconceitos que chegaram a ver no número 666 a soma das letras hebraicas do nome JESUS NAZARENO. O próprio Jesus Cristo seria então a besta do Apocalipse ou o Anticristo! Tal foi a sentença do rabino Davi Berman («Mercure de France», 1918, 190), o qual seguia Valentim Weigel, pseudomístico do séc. XVI e discípulo de Paracelso (cf. Corrodi, GeschichtedesChiliasmus III 32-s). — O caso do rabino Berman mostra bem que quem quer identificar a besta do Apocalipse com o Papa, não tem motivo para não a identificar com o próprio Cristo. Arbitrariedade por arbitrariedade, uma equivale à outra.
Por sua vez, o escritor norte-americano David Goldstein advertiu que o nome de ELLEN GOULD WHITE, a profetiza dos Adventistas do Sétimo Dia, tem o valor numérico de 666.
Vê-se assim quão vá é a polêmica moderna em torno do assunto.

20)As comunidades da Ásia Menor falavam o grego, mas conheciam os caracteres hebraicos. São João misturou aí os dois idiomas, ou seja, o grego e hebraico por esse fato. Se, acaso, o livro caísse nas mãos das autoridades romanas, que não conheciam o hebraico, não colocaria em risco seus leitores. Nero (67) foi o primeiro grande perseguidor dos cristãos e, na época em que foi escrito, Domiciano estava perseguindo aos cristãos com mais força e crueldade, como já foi explicado. Era um novo Nero. Esta e outras evidências levaram os estudiosos a interpretar que a Besta do Apocalipse era o próprio Imperador Romano, perseguidor dos cristãos.
O APOCALIPSE 17: 10- 11, reafirma esta interpretação. Este versículo diz: “São também sete reis, dos quais cinco já caíram, um existe e o outro ainda não veio, mas quando vier deverá permanecer por pouco tempo. A Besta que existia e não existe mais é ela própria o oitavo e também um dos sete, mas caminha para a perdição”. Os reis de que se trata a citação são os imperadores romanos. Considerando, cronologicamente, os imperadores a partir da vinda de Cristo, até a época da redação do livro do Apocalipse: 5 já caíram – Augusto (31aC-14dC), Tibério (14-37dC), Calígula (37-41dC), Cláudio (41-54dC) e Nero (54-68dC); 1 existe, Vespasiano (69-79dC); e 1 que durará pouco, Tito (79-81dC: só 2 anos!); a besta é o oitavo, Domiciano (81-96dC). E é dos 7, ou seja, será semelhante a Nero.
É uma das partes mais complexas, porque, quando São João teve a revelação, segundo os historiadores o imperador era Domiciano, como já foi explicado, no entanto, cronologicamente, foi como se estivesse na época de Vespasiano.
Mas, não é estranho, pois a Bíblia é quase toda complexa. Veja, que, João viu as bestas surgindo, e roma e o império romano já tinha surgido antes de Cristo. Devemos observar, que, se por isso essa explicação dos teólogos católicos estivesse fora do contexto, não significa que a interpretação dos protestantes está correta, pois eles interpretam que a Babilônia, é a Igreja Católica, que surgiu muito depois de roma e do império.
E as duas bestas, (APOCALIPSE cap.13) quem são? A primeira besta, que sobe do mar (v. 1), é o próprio imperador de Roma, Domiciano; o mar é o Mar Mediterrâneo, onde se localizava Roma, a capital do Império. Sua autoridade vem de Satanás (v. 2), e as palavras blasfêmicas que profere (v. 5) se referem à adoração ao imperador imposto por Domiciano a todos os povos do Império. A segunda besta, que sai da terra (v.11), classificada como “falso profeta”, (APOCALIPSE 16: 13; 19: 20; 20, 10), é a ideologia do culto imperial favorecido pelos pagãos. A prostituta (caps. 16- 17- 18) significa a Roma Imperial, rica, pagã e idólatra (v. 9). Os reis da terra que se prostituíram com ela (v. 2) são os reis e os povos que adotaram a adoração ao imperador.
O Mar, as águas, simboliza os povos, (cap. 17: 15).


21)Ailton Lima.
EU CONCLUO COM MEU PONTO DE VISTA.

A ferida em uma das cabeças, é um sinal, uma demonstração, de que a mesma não estava com todo o poder que parecia ter. A ferida foi curada, é um sinal, de que ela continuaria dominando, mas chegaria o seu fim, (APOCALIPSE 13: 3; 18: 1, 2).
A imagem da primeira besta, a que subiu do mar, é a imitação que a segunda besta, a que subiu da terra, o falso profeta, fazia com a referida ideologia do culto imperial, (APOCALIPSE 13: 14).
O espírito, para que a imagem falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorasse a imagem da besta, é o apoio dos adoradores e a perseguição aos que não adoravam, não aceitavam a ideologia de adoração imperial. Que é o significado de não poder comprar e nem vender, (APOCALIPSE 13: 15, 17).
O sinal, na mão direita ou na testa, é simplesmente a ideologia, a adoração, o apoio, a comunhão. A aceitação do imperador como um deus, (APOCALIPSE 13: 16).
Os sinais feitos pela primeira besta, é o engano na mente do povo, que o Imperador era dígno de ser adorado, considerado Deus, (APOCALIPSE 13: 13; 19: 20).




22)AS DUAS TESTEMUNHAS.
(APOCALIPSE 11: 1- 13).
1] Depois disso recebi uma régua de medir, parecia com um caniço, e me disse:
- Levanta-te, tire as medidas do Templo de Deus e do altar e conte as pessoas que estão adorando no templo.
[2] Porém, não tire as medidas do pátio exterior do templo, pois esse pátio foi dado aos pagãos, que pisarão a Cidade Santa durante quarenta e dois meses.
[3] E darei às minhas duas testemunhas o poder de profetizar, vestidos de saco [...].
[4] As duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabrios [...].
[5] Se os seus inimigos tentam matá-las, sai fogo da boca [...].
[6] Eles têm poder de fechar o céu, para que não chova durante o tempo que durar a sua profecia; e de ferir a terra com todo o gênero de pragas, todas as vezes que quiserem.
[7] E, depois que tiverem acabado de dar o seu testemunho, a besta que sobe do abismo fará guerra contra eles e vencê-los-á e matá-los-á.
[8] E os seus corpos ficarão estendidos na praça da grande cidade, que se chama espiritualmente Sodoma [...].
[9] E os homens das diversas tribos, e povos, e línguas, e nações, verão os seus corpos durante três dias e meio; e não permitirão que seus corpos sejam sepultados.
[10] E os habitantes da terra se alegrarão por causa deles, e farão festas, e mandarão presentes uns aos outros, porque estes dois profetas tinham atormentado [com a sua pregação] os [ímpios] que habitavam sobre a terra.
[11] Mas depois de três dias e meio, o espírito de vida entrou neles, vindo de Deus. E eles levantaram-se em pé, e apoderou-se um grande temor dos que os viram.
[12] E ouvi uma grande voz do céu que lhes dizia: Subi para cá. E subiram ao céu numa nuvem; e viram-nos os seus inimigos.
[13] E naquela mesma hora deu-se um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade; e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os restantes foram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu”.
Existem variedade de interpretações entre exegetas sobre este tema.
O Apocalipse é um dos livros da Bíblia mais difíceis de serem interpretados, e o trecho acima descrito é um dos mais misteriosos nesse livro todo ele cheio de mistérios!
Porém, embora variadas, essas interpretações guardam algo em comum, e esse substrato comum serve para esclarecer e confirmar os fiéis em nossa santa Fé católica. Não há inconveniente, portanto, em escolher uma delas e apresentá-la ao leitor, não como a que goza de maior probabilidade, mas simplesmente como representativa das demais. Seguiremos aqui, as explicações dos professores da Universidade de Salamanca, (Pe. José Salguero O.P., Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1965, vol. VII, pp. 412-421).
O autor em questão observa que essas duas testemunhas estão “vestidas de saco”, como os profetas do Antigo Testamento, em sinal de austeridade ante um mundo corrompido pelo pecado. Sua missão será, pois, uma denúncia contínua das investidas avassaladoras do mal. E elas profetizam, isto é, pregam a penitência a fim de excitar os pecadores ao arrependimento.
Os conceituados autores antigos e medievais, em sua maioria, identificaram essas duas testemunhas com Henoc e Elias. Para outros autores, entretanto, elas representariam Elias e Moisés, pois as características descritas no versículo 6 parecem adaptar-se melhor a esses dois personagens: Elias fechou o céu de modo que não chovesse, e Moisés lançou sobre as terras do Egito vários gêneros de pragas.
Porém, as duas testemunhas mencionadas no Apocalipse podem ser a Bíblia Sagrada, (Antigo Testamento e Novo Testamento), e representar todos aqueles que, nas perseguições contra a Igreja desencadeadas ao longo dos séculos, deram testemunho de Jesus Cristo e de seu Evangelho. Nesse sentido, designariam a própria atividade apostólica e profética da Igreja, desde a sua fundação até o fim dos tempos, pois é missão da Igreja denunciar destemidamente o mal e pregar a penitência pelos pecados cometidos. O que forçosamente provoca a reação dos maus através de perseguições aos bons. A ação benfazeja das “duas testemunhas” está em que, com a sua pregação, sustentam os bons e buscam a maneira mais apropriada para defender a Igreja contra os inimigos que querem destruí-la.
Luta contra o Anticristo e o triunfo de Deus
O livro do Apocalipse prossegue descrevendo a luta intrépida das duas testemunhas contra o Anticristo e a precária vitória deste, com regozijo geral da humanidade corrompida: gentes de todas as tribos, povos, línguas e nações. Mas esta vitória é breve, simbolizada pelos três dias e meio em que os cadáveres das duas testemunhas permanecem mortos e insepultos. Em seguida Deus os ressuscita e os chama para o Céu, diante de todos os seus inimigos humilhados e estupefatos. Dá-se então um terremoto que destrói a décima parte da cidade, com grande quantidade de mortos, indicados pelo número simbólico de sete mil. Esse espetáculo da ira de Deus provoca nos sobreviventes um sentimento sobrenatural de temor, que os leva à real conversão e a darem glória a Deus.
[1] O ato de medir, está simbolizando a dar atenção especial, ao templo, só pode estar se referindo a se preocupar em fazer com que a Igreja (os cristãos) permaneçam mais firmes no evangelho. (1 CORÍNTIOS 3: 16, 17).
Voltando ao Apocalipse. [2] O pátio exterior do templo, só pode ser a ideologia pagã, (não precisa dar atenção a ideologia contrária ao Evangelho), pois essa ideologia é dos pagãos, que perseguirão os cristãos (que fazem parte da cidade santa), durante quarenta e dois meses. Foi permitido às nações, aos povos, ao Império, serem contra o Evangelho, Novo Testamento e também o Antigo, porque um faz parte do outro. E contra os evangelistas que fazem parte da cidade santa, (Jerusalém).
[7] A evangelização estava sendo proibida. É o significado da morte das duas testemunhas.
[10] Os ímpios, perseguidores, contra o Evangelho, se alegraram com o domínio do Império perturbando o Evangelho.
[8, 9] Mas as escrituras sagradas não chegou a serem destruídas, (sepultadas). [5] Até que chegou um dia que o Imperador Constantino filho de Constâncio e de Helena se sentiu sendo derrotado, se converteu ao cristianismo, e deu liberdade aos cristãos.
[12] Aí está o significado da ressurreição das testemunhas, a subida ao céu.
[13] A tristeza (morte), de muitos que não aceitava o evangelho, e mais fácil para a conversão de muitos [13].
[7] Acabaram o seu testemunho, também, simbolicamente, não significa que pararam de anunciar o reino de Deus, mas, que foi propagado até perturbar, dos Judeus aos Gentios, até mesmo o Imperador.
[8] O corpo morto na praça da grande cidade (Jerusalém), comparada com Sodoma e Egito, também é simbólico, como também os quarenta e dois meses [2], os mil e duzentos e sessenta dias [3], os três dias e meio [9, 11], são simbólicos. Como quase toda a Bíblia é simbólica.
Veja, que Jerusalém é citada como símbolo, (APOCALIPSE 21: 9, 10).
A Bíblia (os Dois Testamentos), é identificada nas Escrituras como lâmpada, castiçal ou candeeiro: Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho, (SALMO 119:105).
É através do estudo das Escrituras que se adquire a fé, como está escrito: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus, (ROMANOS 10: 17). A fé em Cristo é que produz a operação do Espírito Santo no caráter daquele que crê. Assim, as Escrituras são como as oliveiras que produzem o azeite (ou o óleo), que simboliza o Espírito Santo.
Em todas as Escrituras o óleo ou azeite é símbolo do Espírito Santo. As oliveiras são árvores que produzem azeitonas e estas, por sua vez, produzem o azeite (ou óleo).
Torna-se, portanto, de uma clareza irretorquível o ser a Palavra de Deus, ou a Bíblia Sagrada, as Testemunhas mencionadas na profecia. Para consagrar esta afirmação o profeta Zacarias testemunha: E por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda. Falei mais e disse-lhe: Que são as duas oliveiras à direita do castiçal e à sua esquerda? E, falando-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois raminhos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si ouro? (Ou azeite dourado), (ZACARIAS 4: 3, 11, 12).
Quando perguntou o que significavam as duas oliveiras, o profeta recebeu a resposta conclusiva: A Palavra do Senhor, (ZACARIAS 4: 6, 14). A Palavra do Senhor é a Bíblia Sagrada. Naquele tempo havia apenas uma Testemunha, ou seja, a Antiga Testemunha ou Velho Testamento. A outra Testemunha, a segunda, não havia ainda nascido, mas a profecia já a estava indicando e para ela apontando, no futuro.

23)OS DEZ CHIRES DA BESTA.
Os dez chifres, (DEZ REIS), (DANIEL 7: 8, 24), (APOCALIPSE 13: 1; 17: 3, 7, 12, 16), também pode ser os dez Imperadores considerando a partir da vinda de Cristo: Augusto, Tibério, Calígula, Claudio, Nero, e os três não muito considerados Imperadores, por terem exercido governo por pouco tempo dentro de um ano: (Galba, Otão, Vitélio), Vespasiano e Tito. O outro chifre pequeno, pode ser Domiciano: parecia menor, mas, a visão demonstrava que era perigoso, com boca e olhos... aí, temos a metáfora do poder deste chifre, (REI), superando os outros, e mais Galba, Otão e Vitélio, que foram quem duraram menos, sendo considerado uma derrota de Domiciano aos tres, em compraração com o tempo e o poder maior.
E a desolação da Prostituta pelos dez chifres e pela besta no capítulo (17: 16), pode ser uma referência a segunda destruição de Jerusalém em 70 d.C. visto que, a mesma estava ligada à Roma, fazia parte do Império e ambas estavam unidas na perseguição ao cristianismo. Isso significa, o próprio poder do Império contra Jerusalém que fazia parte do mesmo.
Para poder entender melhor o que significa a simbologia das sete cabeças e os dez chifres, citados em (APOCALIPSE 13: 1...), precisamos compreender o período histórico que as comunidades cristãs da época estavam vivendo. O capítulo 13 do livro do Apocalipse reflete a situação da época, o domínio do Império, e este capítulo critica essa dominação.
Governar por uma hora, é uma metáfora. (PEDRO 3: 8).
E sobre as diademas nos dez chifres, é uma alusão ao reis, pois são eles que usam diademas, (COROAS). E ainda sobre as dez cabeças os nomes blasfemos, dos reis em cada uma delas, se refere às atitudes contra Deus, Jesus Cristo.
Uma chave para entender e interpretar (APOCALIPSE 13...) encontramos em (DANIEL 7,3-7) em que a Besta tem as características de animais selvagens: o leão, o urso e o leopardo, e um outro animal com aparência terrível e extremamente forte, que também saem do mar e representavam os impérios que dominaram o povo de Israel começando pela Babilônia.
(Babilônia – de aproximadamente 606 a 536 a.C.).
O primeiro animal representa o reino de Babilônia cujo rei mais conhecido foi Nabucondonozor. Em Daniel 2 este reino é representado pela cabeça de ouro da estátua que o rei viu em sonhos, por ter sido considerado o reino mais rico de todos os tempos. O leão é considerado o rei dos animais e a águia, a rainha das aves. Este animal é um leão que tem asas de águia, representando rapidez de conquista. Mas, diz a profecia, que suas asas seriam arrancadas, ou seja, seu poder lhe seria retirado.
(Medo-Pérsia – de aproximadamente 536 a 331 a.C.).
O Terceiro, semelhante a um urso, representa o segundo império mundial, o Império Medo-Persa. Provavelmente, por ser um pouco inferior ao primeiro. Ouve uma união entre a média e a Persa, e assim eles conquistaram o mundo tirando o poder da Babilônia. Representado pelo peito e braços de prata na estátua, este reino de muita crueldade, com diz o texto “. Levanta-te, devora muita carne.” Por isso as três costelas em sua boca, pela voracidade na conquista da Líbia, Egito e Babilônia. Quando diz que um dos seus lados se levantou primeiro quer dizer que a Pérsia se destacou primeiramente e depois eles se uniram criaram mais força e dominaram o mundo. Também, em Daniel 8: 3, 4, 20, representado por seus dois principais monarcas: Dário da Média e Ciro da Pérsia, na visão de um carneiro com duas pontas.
Quatro reis surgiriam na Pérsia depois de Ciro: Contando até Xerxes. foram eles:
a) Cambises (530-522 a.C.) filho de Ciro;
b) Smérdis (522 a.C.), que governou por sete meses;
C) Dario I (522-486 a.C.), Seu sonho era conquistar a Grécia, tentou mas não conseguiu. Morreu de causas naturais e deixou o trono para seu filho Xerxes;
D) Xerxes (486-465 a.C.), invadiu a Grécia, venceu os gregos com dificuldade, tomou Atenas, mas sofreu derrota, (Daniel 11:1, 2).
(Grécia – 331 a 168 a.C.)
Se o leão tinha asas representando a rapidez de suas conquistas o que não dizer do terceiro império. A rapidez de conquista do leopardo seria muito maior. As quatro asas, a rapidez das conquistas. Foi a rapidez com que o jovem Alexandre (o Grande), o grande estrategista militar conquistou o mundo com suas armas de bronze, representado na estátua pelo ventre e coxas de bronze. Muito jovem, porém Alexandre, depois de uma noite de muita orgia e bebedeira morreu, tendo sido substituído por seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco. Por isso as quatro cabeças vistas por Daniel neste animal. Também, em Daniel: 8: 5-8, e 21 e 22, representado por seu notável Rei Alexandre Magno (O GRANDE), que acabou com a supremacia do Império Medo-Persa e os quatro generais citados. 11: 3, 4. Percebemos com isto, a riqueza dos detalhes que a profecia apresenta. Os símbolos descritos aconteceu exatamente como o previsto.
O rei do sul e o rei do norte: Reino dos Ptolomeus (Egito-Sul) contra o Reino dos Selêucidas (Norte-Babilônia e Síria). A Bíblia conta em detalhes as brigas deles pelo trono, (Daniel 11:5-13).
(Roma – 168 a.C a 476 d.C).
Este animal causou especial espanto em Daniel, por isso o chamou de terrível e espantoso. Muito violento. Com seus dentes de ferro despedaçava e devorava suas vítimas. Este reino teria também muita concentração de poder, por isso os dez chifres. Em Daniel 2 é representado na estátua pelas pernas de ferro. Vem à mente imagens de muita violência e crueldade. Mais uma vez a história comprova a veracidade da profecia.
Veja, também, (DANIEL 11: 9- 13 e 23.
Uma dominação que tem um caráter animalesco e selvagem e por isso a representação em forma desses animais selvagens.
Veja, Daniel viu o quarto animal diferente de todos os três, isso significa, mais forte, já, João, viu o mesmo animal, mas, semelhante ao terceiro da visão de Daniel, semelhante ao leopardo; mas, os seus pés, tem a ver com o terceiro, e sua boca, com o primeiro, (APOCALIPSE 13: 2). Isso significa a semelhança com os três da visão de Daniel.
Um reino dividido, (DANIEL 2: 41, 42): pode ser uma referência à divisão do império, em (395 dC). Versículo 43, pode ser uma referência ao poder do Anti-Cristo e ao poder do Império..

De maneira figurada o 666 pode ser símbolo também de toda força, cultura, pessoa, que combate contra Deus e a sua santa Igreja, que não é a católica e nem outra instituição, é o povo que ama e obedece os mandamento de Jeová, de Jesus. São João dizia, no séc. I, que o anti-Cristo já estava no mundo.